quinta-feira, 31 de março de 2011

Um sonho possível

Este é o título do filme que nos apresenta a história de Michael Oher (interpretado por Quinton Aaron), e de como uma única atitude pode desencadear tantas transformações. Michael, o Big Mike, um dia é levado por seu pai adotivo a um colégio, na esperança de conseguir uma bolsa escolar para ele. Suas habilidades na quadra de basquete – e seus visíveis atributos de altura e peso – fazem com que o treinador se empenhe em conseguir a matrícula.
Beleza, ele conseguiu um bom colégio. Mas não tem onde morar, não tem roupas, cata os restos dos lanches deixados na arquibancada para se alimentar. Numa noite fria, ele cruza o caminho da família Tuohy. Diante da constatação de que Michael não tem onde dormir, Leigh Anne o leva para sua casa, para dormir no sofá. Assim, essa primeira atitude é apenas o gatilho para tantas outras coisas acontecerem.
O legal no filme é ver que é muito diferente dizer que “ama o próximo como a si mesmo” e fazer isto de verdade. Se importar com os problemas de outra pessoa, que não é alguém que conhecemos ou amamos é algo que exige seu tempo, a ruptura de lugares comuns e o desafio de não se importar com que os outros vão dizer. O importante é saber que estamos fazendo o que é certo.
Quer saber o que acontece? Veja o filme! Ele concorreu ao Oscar de Melhor Filme em 2009 e garantiu a estatueta para Sandra Bullock, como Melhor Atriz.
Pra terminar, vale lembrar que o filme é baseado no livro “The Blind Side: Evolution of a Game”, que narra a história desse personagem real, Michael, jogador de futebol americano do time Baltimore Heavens.
Abaixo, confira algumas fotos:





Renata Souza Lima
Prof. de Formação Humana

domingo, 27 de março de 2011

Aprendendo a conhecer os estilos artísticos: Barroco

Nós da área de linguagens e códigos escolhemos começar nossas postagens a partir do Barroco. Estilo esse tão falado, mas pouco conhecido. E sempre digo para os meus alunos que a arte está ligada a literatura e a história. Motivo esse que nos fez falar desse estilo. E dessa vez quero mostrar o barroco de forma diferente. Não vou falar de Mestre "Aleijadinho", de Ouro Preto... Vou falar do carnaval de 2011. Através de uma escola de samba: Vai vai, foi possível mostrar um exemplo de superação que é o Maestro João Carlos Martins e aproveitar para falar de um músico impressionante "Bach".

Johann Sebastian Bach - Tocata y fuga em re menor BWV 565/Maestro João Carlos Martins




Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de cantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco. Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o vêem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero. Entre suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partituras para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias de suas cantatas.


Através da Escola de Samba Vai vai, foi possível falar do Maestro João Carlos Martins. Grande pianista que superou a doença para fazer o que mais ama que é a Música. O maestro João Carlos Martins era pianista e interpretava músicas de Bach. Mas por amor à música, se tornou maestro. Conheça um pouco da vida e da luta desse músico fascinante:


 


A arte Barroca





Suzane Ferreira
Professora de Artes

quarta-feira, 16 de março de 2011

BARROCO - aspectos literários [revisão]


Antes de qualquer coisa, passo a palavra ao professor Evandro Miranda Rios, que faz uma revisão muito precisa e global sobre o Barroco em seus aspectos históricos e estéticos.


O período histórico tão controverso e tão devastador é exageradamente marcado por extravagâncias. Quando tenho que expressar algo exagerado, evito a hipérbole e digo logo que sou assim meio Barroco.


Gregório de Matos, grande poeta baiano, fez críticas, falou de amor e até do inevitável tema da época: a religião. Lutero tinha feito uma baita reviravolta com a reforma protestante. A igreja católica em resposta, a contra-reforma. A Gregório ficou o apelido nada sutil pra enquadrá-lo nesse exagero todo: Boca do inferno.

Ele não poupava nem os governantes...

“A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.”

Vivaldi com todo o seu talento fez “four seasons” ou as quatro estações, que certamente, vieram muito antes de Sandy e Junior, e muito mais talentoso e expressivo, podem ter certeza. A Professora Suzane deve postar depois e explicar melhor como esses exageros vão aparecer na música. Mesmo assim cabe a apreciação. Tente perceber os conflitos temáticos.


Por favor, ignorem a cara da japonesa que pouco nos interessa no momento.

Na literatura teremos uma linguagem truncada e erudita. Repleta de inversões sintáticas e de figuras de linguagem. Encontraremos textos classificados como: conceptistas e cultistas. O cultismo é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras. Já o conceptismo é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. O cultismo apresenta um eruditismo maior, já o conceptismo tem um fundo mais didático. Como exemplo deste último podemos citar os sermões do Padre Antonio Vieira, que certamente queria maior aceitação, por isso escolhia uma linguagem menos erudita.

Como o assunto é vasto e os extremos Barrocos desafiam nosso senso estético termino esta minha postagem com um poema do Gregório que quase que justifica o apelido tão ácido.

"Provo a conjetura já,
prontamente como um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são B-A-H-I-A:
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter,
pois nenhum contém sequer,
salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder."




Fabrício G. Pacheco
Professor de Literatura e Redação